segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Brasil: Um País em que o maior herói "TIRAVA DENTES"


História da odontologia


A Odontologia aportou no Brasil, a partir da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500. Naquela época o que existia eram as extrações dentárias. As técnicas eram quase primitivas, o instrumental impróprio e não havia nenhuma forma de higiene. Anestesia, nem pensar. A odontologia era praticada pelo barbeiro ou sangrador,desinformados. As técnicas de "curar de cirurgia, sangrar e tirar dentes" eram passadas sem qualquer teoria.
Com tantos riscos para os pacientes, o exercício da odontologia era evitado pelos médicos e cirugiões da época, que temiam se responsabilizar pela presente possibilidade de morte por emorragias e inevitáveis infecções.
A odontologia era vista como uma prática que tornava as mãos dos profissionais de medicina pesadas, diminuindo a destreza para invenções consideradas delicadas.
Para exercer a odontologia da época os barbeiros ou Tiradentes necessitavam da licença especial conferida pelo “cirugião-mor mestre Gil”.Quem não possuía essa licença poderia ser preso e multado.
A reforma do regimento em 12 de dezembro de 1631 determinava a multa de dois mil réis às pessoas que “tirassem dentes “ sem licença.Os ofícios de Tiradentes e sangrador eram acumulados pelos barbeiros .O sangrador também podia tirar dentes, pois nos exames de habilitação tinham de provar que durante dois anos “sangraram” e fizeram as de mais atividades de barbeiro.
Em 1728, na França, o livro Le Chirugien Dentiste ou Traité des Dents, de Piérre Fauchard revolucionou a odontologia, ao trazer novos conhecimentos, criado técnicas e aparelhos. Por isso Fauchard é chamado sendo juntamente de “o pai de Odontologia Moderna”.
Com o início do ciclo do ouro no Estado de Minas Gerais, a Casa Real Portuguesa nomeia o primeiro cirurgião -mór deste Estado, regulamentando os práticos da arte dentária. A Lei 17 de junho de 1782 cria a Real Junta de Prato-Medicato, formada por sete deputados, médicos ou cirugiões, para um perído de três anos. A essa junto caberia a estes o exame e a expedição de cartas e licenciamento das pessoas que tirassem dentes.

Nenhum comentário: